Após 18 horas de sessão, na madrugada de quarta-feira (16), o Tribunal do Júri da Comarca da Capital condenou dois homens pela chacina de cinco pessoas, sendo uma família de quatro pessoas com um autista, em um hotel de Canasvieiras, em Florianópolis, a um total de 150 anos de reclusão. O crime foi investigado pela Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Homicídios da Capital.
Um dos réus foi condenado a 82 anos, um mês e 24 de reclusão, em regime fechado. Já o outro réu foi sentenciado à pena de 68 anos, seis meses e 14 dias, também em regime fechado. Ambos ainda foram sentenciados a seis meses de detenção, em regime aberto, e pagamento de 50 dias-multa.
A sessão foi presidida pelo juiz Mônani Menine Pereira, que negou aos condenados o direito de recorrer em liberdade. Os dois homens foram julgados pelos crimes de homicídio qualificado, roubo majorado, furto qualificado e fraude processual.
O Ministério Público denunciou três homens por esse crime, que ocorreu em julho de 2018, no Norte da Ilha. Por conta disso, um terceiro réu já foi julgado em novembro de 2020 e foi sentenciado a 43 anos e 20 dias de prisão, além do pagamento de 23 dias-multa.
O inquérito policial do caso teve mais de 400 páginas. Segundo o delegado de polícia Ênio de Oliveira Matos, da Delegacia de Homicídios da Capital, que comandou as investigações na época junto com a delegada Salete Mariano, uma dívida de R$ 47 mil e ameaças por parte de uma das vítimas foram a motivação para as mortes.